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Hepatite A


O que é hepatite A?
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus A (HAV) e também conhecida como “hepatite infecciosa”, “hepatite epidêmica”, “hepatite de período de incubação curto”.
O agente etiológico é um pequeno vírus RNA, membro da família picornaviridae.

Qual o período de incubação da hepatite A?
O período de incubação, intervalo entre a exposição efetiva do indivíduo suscetível ao vírus e o início dos sinais e sintomas clínicos da infecção, varia de 15 a 50 dias (média de 30 dias).

Como a hepatite A é transmitida? 
A hepatite pelo HAV apresenta distribuição mundial. A principal via de contágio é a fecal-oral, por contato inter-humano ou por água e alimentos contaminados. A disseminação está relacionada às condições de saneamento básico, nível sócio-econômico da população, grau de educação sanitária e condições de higiene da população. Em regiões menos desenvolvidas as pessoas são expostas ao HAV em idades precoces, apresentando formas sub-clínicas ou anictéricas em crianças em idade pré-escolar. A transmissão poderá ocorrer 15 dias antes dos sintomas até sete dias após o início da icterícia.

A transmissão sexual da hepatite A pode ocorrer com a prática sexual oral-anal (anilingus), pelo contato da mucosa da boca de uma pessoa com o ânus de outra portadora da infecção aguda da hepatite A. Também a prática dígito-anal-oral pode ser uma via de transmissão. Deve ser lembrado que um dos parceiros precisa estar infectado naquele momento e que a infecção pelo HAV não se cronifica, o que faz com que este modo de transmissão não tenha grande importância na circulação do vírus na comunidade, embora em termos individuais traga as conseqüências que justificam informar estas possibilidades aos usuários.

Como prevenir a hepatite A?
A hepatite A pode ser prevenida através da utilização da vacina específica contra o vírus A¹. Entretanto, a melhor estratégia de prevenção desta hepatite inclui a melhoria das condições de vida, com adequação do saneamento básico e medidas educacionais de higiene.

A hepatite A tem cura?
O prognóstico é excelente e a evolução resulta em recuperação completa. A ocorrência de hepatite fulminante é inferior a 0,1% dos casos ictéricos. Não existem casos de hepatite crônica pelo HAV.

Como é feito o diagnóstico da hepatite A?
A doença pode ocorrer de forma esporádica ou em surtos e, devido à maioria dos casos cursar sem icterícia e com sinais e sintomas pouco específicos, pode passar na maioria das vezes despercebida, favorecendo a não identificação da fonte de infecção.
Nos pacientes sintomáticos, o período de doença se caracteriza pela presença de colúria, hipocolia fecal e icterícia. A freqüência da manifestação ictérica aumenta de acordo com a faixa etária, variando de 5 a 10% em menores de seis anos e chegando até 70-80% nos adultos.

O diagnóstico específico de hepatite A aguda é confirmado, de modo rotineiro, através da detecção de anticorpos anti-HAV da classe IgM. A detecção de anticorpos da classe IgG não permite diferenciar se a infecção é aguda ou trata-se de infecção pregressa. Em surtos pode-se confirmar a hepatite A também por vínculo epidemiológico, depois que um ou dois casos apresentaram anticorpos anti-HAV da classe IGM.

Como é o tratamento da hepatite A?
O repouso é considerado medida imposta pela própria condição do paciente.
A utilização de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser de melhor digestão para o paciente anorético. De forma prática deve ser recomendado que o próprio indivíduo doente defina sua dieta de acordo com seu apetiite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingesta de álcool. Esta restrição deve ser mantida por um período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.


¹ A vacina contra o vírus da hepatite A é disponibilizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) nas seguintes situações: 1) Pessoas com outras doenças hepáticas crônicas que sejam suscetíveis à hepatite A; 2) Receptores de transplantes alogênicos ou autólogos, após transplante de medula óssea; 3) Doenças que indicam esplenectomia; 4) Candidatos a receber transplantes autólogos de medula óssea, antes da coleta, e doadores de transplante alogênico de medula óssea.



Manual de aconselhamento em Hepatites Virais

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